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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os sistemas de classificações




Existem várias classificações no planeta. Para todos os seres vivos e os não vivos. O Homem tem uma qualquer ordem interior que o impele a classificar-se relativamente aos outros ou a classificar os outros relativamente a si. É a lei da natureza, na sua demanda em busca da ordem, adversa ao caos.
E por isso classificam-se os animais entre si e relativamente aos humanos e os humanos entre si, relativamente aos outros humanos e as plantas e os planetas e... toda a vida que nós conhecemos e a que existe para lá da nossa compreensão.
Na classificação encontramos o conforto e a justiça dos nossos actos e de todos os actos do planeta. E legitimamos dessa forma tudo o que conhecemos.
Os sistemas classificatórios foram criados pelo Homem, de acordo com determinados critérios para em cada contexto ser encontrada a origem e facilitar à posteriori a sua localização.
Obrigatoriamente qualquer ser vivo que nasça entra logo para um sistema classificatório, até os que não nascem nem morrem, como a matéria bruta.
Aristóteles ensinou os Homens a classificar. E a febre pegou.
Actualmente somos todos membros de uma cadeia, elos de um corrente, ascendente e descendente, pais e filhos e viciados na ordem e na sanção. No prémio e no castigo. Na repulsa ou na atracção. Pomos sentimentos na classificação quando construímos hierarquias e preconceito quando as vivenciamos.
Não somos nem iguais nem semelhantes. Alternamos ao longo da vida, ao ritmo do crescimento e da maturidade, da construção da personalidade, do nosso sistema de valores, das oportunidades da vida e do que estas fazem connosco.
A vida é como um jogo. Ganhamos, perdemos, aprendemos. Aceitamos ou negamos.
Evoluimos, crescemos, vivemos, morremos e deixamos legado. Um outro ser nasce, pega no nosso legado e transforma-o.
Mas eu pergunto quando é que vamos voltar ao ponto de partida? Corrigir erros, é possível?
Reorganizar as sociedades? Reestruturar a ordem? Começar de novo? Abolir as classificações que nos separam e dividem.
Construir de novo as cidades. Dar oportunidades a etnias diferentes. Mudar os continentes, arejar as mentalidades. Dar novas oportunidades aos políticos. Apagar as guerras.
Começar de novo. Verdadeiramente de novo.


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