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domingo, 26 de setembro de 2010

Lugar com magia


Apetece-me dedicar-te estas palavras. Palavras embrulhadas em papel de chocolates, para que sintas o doce com que te escrevo.
Apetece-me fazer-te ler esta carta de olhos fechados, embalada pelo vento. O vento que corre baixinho, muito de mansinho, nesta praia onde moro, nesta praia onde te escrevo.
Apetece-me que o vento te sussurre uma história de encantar. Porque apesar de tu seres grande, as histórias ainda te sabem cativar.
Solta o ar preso em ti. Solta o beijo que me ofereces minuto a minuto, com pressa de mo fazeres chegar. Solta o anjo que há em ti. Solta o tempo, o vento, o desejo enrugado nos lençóis de orvalho quando a manhã te vem cumprimentar.
Não esqueças de lembrar que é magia.
Não esqueças de não esquecer que sem magia, sem esta fantasia, o mundo é igual, na rua, na praça fria, na esquina, em qualquer outro lugar.
Lembra-te.
Quando já não somos aqueles que nascemos e crescemos.
Quando corremos com pressa, com pressa de correr.
Quando silenciamos o que nos fez crescer.
Quando nos esquecemos de deixar lugar para a fantasia. E nos despedimos dos calções, dos vestidos, dos sonhos de meninos.
Temos de saber trazer os momentos de magia, para essa rua, praça fria. Para qualquer lugar.
Não te esqueças meu amor, não te esqueças de te lembrar.

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