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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Carta a uma Mulher.


(A minha pequena homenagem às grandes mulheres)

Uma dia nasceste mulher. Desde então tens conduzido a tua vida ao longo dos anos que correm, com a mesma certeza com que nasceste. Com a mesma garra e com o mesmo grito.Com o mesmo fulgor.
Tens trazido ao mundo o teu inconfundível perfume. O mesmo que deixas em cada um de nós, quando passas.

Tens sido a heroína das histórias de alguém. Tens sido alguém nessas histórias.
No teu íntimo diário vais traçando a rota, na sucessão dos dias. Vais contando da frota que levas carregada de preciosa carga até ao alto mar. A mesma que partilhas com cada um de nós nos incontáveis minutos do dia em que connosco estás.

Nos desertos nus manténs-te vestida do rumo que segues, onde desenhas pegadas e decalcas memórias.
Na praia deixas as tuas lágrimas que se juntam às do mar. E as do mar as tuas vão beijar.

Penduradas até ao fundo do poço estão as cordas que já te serviram para subir. Deixa-as lá estar.

Hoje, lembra-te de viver cada dia como se fosse o último. Por isso confere-lhe toda a ternura que tens e sabes.

Amanhã, lembra-te que a obra que deixas feita vai ser recordada por quem te escolheu para gostar. Por isso fá-la grandiosa e serena.

Para sempre lembra-te do mundo de gente que gravita à tua volta e que suspira contigo, ri contigo, chora também. Por isso quando chorares importa-te com as lágrimas que se juntam às tuas e faz com que sequem rapidamente.

Partilha a tua amizade. Mantêm a tua lealdade. Dá o teu melhor. Traça uma meta. Continua a correr ao longo do caminho sem te importares com qualquer espinho. Continua fiel aos teus princípios. 

O resto é contigo.
Mulher já tu és. Resta-te continuar a ser uma grande mulher.