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quinta-feira, 31 de março de 2011

Correm ventos por aí




Quase todos os dias nos deparamos com algo novo. Basta sair de casa e levamos com um qualquer pedaço de vento que nos leva para um qualquer lado. E nós às vezes até corremos com esses ventos, atrás desses ventos. O que aconteceria se simplesmente não saíssemos de casa?
Há ventos de todo o tipo. Fortes e arrebatadores mas que morrem ao fim de uma manhã. Há-os subtis, como brisas e duram dias. E há ainda dias sem vento, aparentemente. O certo é que viajam de outras paragens e que carregados de sons, aromas e perfumes vêm. Trazem pó e areias do deserto, do lado de lá do oceano. Movimentam o mundo e as pessoas e todos os sons se espalham e nós deixamos de estar metidos em fronteiras políticas, geográficas, porque os ventos são livres e rebeldes e de nada do que o homem convencionou, querem saber.
Deve ser libertador ser assim livre. Quase que não me importava de ser vento.

O vento faz-me lembrar as pessoas que à nossa vida chegam, umas de mansinho outras mais ousadas ou obstinadas. E todas nos deixam no corpo uma qualquer marca, uma memória, fruto do pó que trazem e que nos cobre e até cega, mesmo que só momentaneamente.
Correm muitos ventos por aí mas nós só devemos seguir o caminho que desejarmos e fincar os pés no chão e resistir aos ventos. Nós somos o nosso próprio vento e traçamos o nosso próprio caminho.
Sim, correm ventos por aí, mas não faz mal. Há um porto de abrigo por aqui.

1 comentário:

Maria Clarinda disse...

(...)O vento faz-me lembrar as pessoas que à nossa vida chegam, umas de mansinho outras mais ousadas ou obstinadas. E todas nos deixam no corpo uma qualquer marca, uma memória,
E tu com o teu vento marcaste minha vida...bem forte e tu sabes!
Jhs