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sábado, 2 de outubro de 2010

Zen


Olhos fechados. Corpo relaxado.
Uma pausa na intensidade dos dias.
Pode ser noite, pode ser dia. Não é importante.
À volta apenas o silencio bruto que me faz companhia e o toque do tecido macio do sofá que abraço com as costas recostadas.
Não espero o rodar da chave na fechadura.
Não sinto nas proximidades nenhuma presença.
Apenas silêncio.
O ar carregado de tensão convida-me a levantar e a fazer qualquer coisa.
Não me apetece. Prefiro o desfrute deste minuto que tanto pode ser uma hora como um dia. È indiferente, não tem a mínima importância.
É uma pausa.
Para regenerar os tecidos, baixar o ritmo cardíaco ao impossível. Varrer da mente qualquer imagem. Deitar fora as marcas dos dias e reciclar a alma.
Espera-me uma vida lá fora. Não tenho interesse, nem tenho pressa.
Continuo de olhos fechados. Corpo relaxado.
Em perfeita sintonia com a minha paz interior.
Adoro parar no tempo e mergulhar no mais absoluto vazio.
Paro tudo. Congelo o tempo.
É a minha pausa, que todos os dias chamo para meu deleite.
Só meu.



2 comentários:

Migui Maria disse...

Desfrutar como se pode. Um dia bom de praia, um peixe no forno temperado com especiarias de marrocos, acompanhado de um caril de banana e camarão. uma garrafa de vinho, música, descalça por causa sentidindo o chão nos pés e pensando, sentindo, pensando, sentido. desfruto como posso.

etienne neto disse...

=O)

Disfruta ...

Etienne